Esse,
de terno e gravata, óculos escuros e uma semi-automática com
silenciador, não é, ninguém mais, ninguém menos, que Gerald, que não é,
nada mais, nada menos, que um agente secreto da Cia duro de matar, faro
especial para o crime, incumbido, neste exato momento, de uma missão
especial que, certamente, irá cumprir, pois, como sempre, está na pista
certa, seguindo seus instintos hollywoodianos. Esse é o cara! Esse é o
nosso homem de confiança, mas, infelizmente, ele acabou de morrer.
De
quê?
de tiro.
Tiro de quê?
De escopeta.
De quem?
Ah sim! Esse sim! De
terno gravata, óculos escuros, desmontado uma escopeta com mira,
colocando-a numa caixa, no alto de prédio a quinhentos metros de
distância do alvo, esse sim, é o cara. Assassino profissional. Sangue
frio. Mata por encomenda. É, sem sombra de dúvidas, um anti-herói.
Treinado no Iraque trabalha para uma associação que mata apenas pessoas
corruptas, como o caso do falecido agente da Cia. Esse matador é, com
certeza, o nosso herói, se não fosse o infortúnio de, ao sair do prédio,
escorregar numa escada molhada e quebrar o pescoço na queda.
Mas quem
estava lavando a escada?
Era um estranho faxineiro, uma pessoa
aparentemente normal, mas, na verdade, um serial-killer. Homem frio.
Vida dupla. Mata sem qualquer piedade, faz casaco de pele humana, come
canela cozida e coleciona os olhos que arranca das vítimas, sempre
mulheres entre trinta e quarenta anos, a idade em que sua foi
brutalmente assassinada. Esse é, com todos os indícios, o nosso personagem
principal. Conflitos psicológicos. Órfão de pai. Teve a mãe morta e
estuprada na frente de seus olhos. Já é o criminoso mais procurado do
FBI, se não fosse vir ao óbito por uma infecção intestinal, devido
ingestão de uma coxinha estragada.
Mas quem? Quem vendeu o salgado?
Aí é difícil, meu querido. Nunca iremos saber.
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