ARRANHOS





Gosto quando teu toque em arranho se verte,
Marcando-me as costas como se quisesse
Arrancar pedaço e selar cicatriz...

Gozo do rasgo: gosto que me partas
Maltrata esta carnadura que anseia
Trato feroz do dedo tornado em lâmina.

Crava de vez tuas garras, abre, cunha ferida!
E no corte recém feito à pele que exclama
Afoga a sede da carne, mata a fome da unha!

IGOR NASCIMENTO
02/02/2016

Um comentário: